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Em 1911 foi criado o primeiro serviço de saneamento na cidade de Muriaé. Porém, a partir da década de 60, devido ao grande incremento populacional ocorrido, o município não conseguiu suportar as exigências dos altos investimentos que o setor necessitava e acabou por entregar a concessão dos serviços, no princípio da década de 70, para a administração da Copasa.
Em 1993, por iniciativa do então Prefeito Municipal, Dr. Paulo de Oliveira Carvalho, o município retomou a gestão dos serviços de saneamento criando o DEMAE – Departamento Municipal de Água e Esgotos, conforme a Lei de criação nº 1782/93, de 29/09/93, com a competência de administrar os serviços de água potável e esgoto sanitário de todos os centros urbanos de Muriaé (sede do município, distritos e povoados), além de desenvolver políticas, projetos e planos para o cumprimento destes serviços.
Em 1997, com a Lei de criação nº 2165/97, de 08/12/97, foi criado o DEMSUR – Departamento Municipal de Saneamento Urbano, Autarquia Municipal, pelo então Prefeito Municipal Dr. Carlos Fernando Costa, unindo as atividades das autarquias DEMAE e do DEMLURB (Departamento Municipal de Limpeza Urbana), que foram extintas, assumindo as amplas atribuições de tudo que se refere a saneamento no município, ou seja, todos os serviços de manutenção e obras referentes a Água potável, Esgotamento sanitário, Drenagem pluvial e Limpeza urbana.
Os principais dados históricos de nossa cidade: origem, fundação, evolução e outros detalhes que ficaram gravados na memória ao longo dos anos.
Em 1819, o desbravador Constantino José Pinto, líder de uma expedição de 40 homens, caminhou à margem do rio Muriaé, confluente dos ribeirões João do Monte e Robinson Crusoé, e abrigou-se próximo à cachoeira Buiehé, no local que hoje é a Praça do Rosário.
Ele saiu de São João Batista do Presídio, designado pelo diretor geral de índios da freguesia de São Manoel do Pomba, Guido Marliére, para criar aldeamentos para os nativos da região. As finalidades eram tentar conter os abusos cometidos por exploradores contra os indígenas e controlar a rivalidade entre as tribos, além de catequizá-las. Nascia assim a aldeia de São Paulo do Manoel Burgo, oficializada pelo auto de medição das terras. O documento está registrado no Arquivo Público Mineiro e foi escrito em 3 de setembro daquele ano pelo medidor Francisco de Paula Silveira Alferes.
Embora estivesse inserida nas chamadas “áreas proibidas”, devido à dificuldade de se adentrar nas matas cerradas que aqui existiam na época, a região não era totalmente desconhecida. Em algumas localidades, já existiam desbravamentos resultantes da passagem de exploradores que buscavam plantas que pudessem ser comercializadas. Além disso, o próprio Constantino Pinto já havia estado aqui em 1817, dois anos antes de sua efetiva chegada, para avaliação das terras, a mando de Marliére.
Na época, estas terras eram habitadas por povos nativos. Os puris acostumaram-se a viver em matas cerradas. Construíam seus abrigos embaixo de árvores e fugiam dos raios solares. Se tivessem que trabalhar sob a luz, realizavam período de repouso de mais três horas de duração, durante a jornada. Eram robustos e de baixa estatura. Desconheciam técnicas de construção de ocas, costura de redes e agricultura. Viviam apenas da caça e pesca e tinham pavor da morte. Quando algum membro da tribo envelhecia ou ficava doente, era abandonado na selva para que sua morte não fosse presenciada.
A colonização do território fez-se pelo comércio de brancos e indigentes. Em 1817, Constantino José Pinto, com 40 homens, comerciando ervas e raízes medicinais estabeleceu contato com os aborígines; desceu pelo rio Pomba e atingiu o rio Muriaé onde aportou, construindo seu abarracamento no mesmo lugar em que existe agora o Largo do Rosário. As trocas vantajosas então feitas fizeram-no pensar em construir uma povoação no local. Havendo, porém, desinteligência entre um de seus homens e um dos chefes da tribo,
Constantino, temendo um ataque dos selvagens, obteve reforço, comandado pelo Sargento João do Monte, sob cuja proteção construiu as primeiras habitações, formando uma aglomeração primitiva. Constantino foi designado diretor dos puris por Marliére. O povoamento da região começou a acontecer e foi construída uma capela, hoje a Igreja do Rosário, tendo sido seu primeiro capelão o Padre Joaquim Teixeira de Siqueira. Com a movimentação, apareceram extratores de madeira-de-lei e plantas medicinais, sobretudo raízes de ipecacuanha, conhecida popularmente como poaia. As casas eram construídas na Rua Direita, que se estendia ao longo da margem do rio e dava origem ao Porto, Armação e Barra. O e o crescimento do povoado já era visto facilmente.
Como principal legado, o povo indígena deixou o nome da cidade. Embora não exista consenso sobre o significado da palavra “Muriaé”, a maioria das hipóteses aponta para a relação com a existência de mosquitos. Por esta ótica, a evolução etimológica pode ter acontecido a partir de “Meru-aé” (mosquito diferente e mau) ou “Meruim-hu” (rio dos mosquitos). A informação do Almanaque das Casas Americanas, de 1914, de que 15% das crianças aqui nascidas no ano de 1876 morreram em razão da febre amarela – doença provocada pela picada de mosquitos – faz essas versões ganharem força.
Há ainda outras opções menos cotadas, segundo as quais o nome do rio e da cidade, com origem na palavra “Mboriahu”, significaria aflição e lamento. Já a hipótese mais conhecida popularmente – embora considerada mítica por historiadores, museólogos e outros pesquisadores – foi relatada em 1785 pelo cronista Couto Reis. “MORIAHÉ, é um termo Português corrupto, composto do verbo morrer e do advérbio ahi. Quando algum português lhes perguntava por alguns de seus parentes, que eram falecidos, respondiam para explicar: – morreu-ahi. Assim, se ficou chamando o Rio Moriahé”, descreveu o autor, em texto reproduzido de forma fiel ao original.
Consolidada sua situação, o progresso da nova localidade foi constante, principalmente a partir de 1886, data da inauguração da Estação da Estrada de Ferro Leopoldina na sede municipal.
Em 1910, é criado o serviço de luz e força; no ano seguinte, o de águas e esgotos e, em 1913, o telefônico urbano.
A inauguração da autoestrada Rio-Bahia em 1939 colocou o Município de Muriaé em plano destacado no quadro econômico da zona da Mata.
O Distrito de Muriaé foi criado em 7 de abril de 1841. Sua elevação a categoria de vila deu-se em 16 de maio de 1855.
O nome simplificado de Muriaé, anteriormente São Paulo do Muriaé começa a vigorar em 30 de agosto de l911, em virtude da Lei estadual n.º 556.
Hoje Muriaé é composta de 07 distritos: Belisário, Boa Família, Bom Jesus da Cachoeira, Itamuri, Macuco, Pirapanema, Vermelho; e 04 povoados: Capetinga, Patrimônio dos Carneiros, São Domingos e São Fernando.
A Comarca de Muriaé data de 25 de novembro de 1865 e, atualmente, compõe-se dos seguintes termos: Muriaé, Laranjal e Patrocínio do Muriaé.
Fontes:www.muriae.org.br e www.ibge.org.br
Com uma população estimada em 107.263 habitantes (IBGE/2015), Muriaé tem suas atividades econômicas voltadas principalmente à indústria têxtil, à produção agropecuária e à retífica de automóveis.
O turismo também merece destaque, principalmente em áreas de preservação ambiental e em parques naturais. Entre os principais pontos turísticos do município, destaca-se o Pico do Itajuru, em Belisário; a rampa de voo livre Jacy Caetano, em Pirapanema; e a Cachoeira da Fumaça, na região do rio Preto.
Politicamente, o município é responsável pela administração de sete distritos – Belisário, Boa Família, Bom Jesus da Cachoeira, Itamuri, Macuco, Pirapanema e Vermelho. As comunidades Capetinga, Fumaça, Patrimônio dos Carneiros, Pedra Alta, Retiro Campo Formoso, São Domingos, São Fernando, São Tomé também estão subordinadas à cidade.
Localizada na região Sudeste, Zona da Mata Mineira, com Longitude de 21º13’ W e Latitude 42º36″ S, Muriaé ocupa uma área de 843 Km², distanciando de 380 Km da capital mineira, Belo Horizonte, 294 Km da Capital do Rio de Janeiro, 311 Km de Vitória e 625 Km da cidade de São Paulo.
Com localização privilegiada, Muriaé situa-se no entroncamento entre a BR-116 e a BR-356, duas das rodovias mais movimentadas do país.
Fonte:http://maps.google.com.br/Fotos: Egberto Dias